Segundo
estudo do IPEA, que usou como base dados de 2006, cada R$ 1 gasto com
educação pública gera R$ 1,85 para o PIB, e o mesmo valor investido na
saúde gera R$ 1,70. Foram considerados os gastos públicos assumidos pela
União, pelos estados e municípios. Quando se calcula o tipo de gasto
social que tem o maior efeito multiplicador na renda das famílias, em
primeiro lugar aparece o Bolsa Família. Para cada R$ 1 incluído no
programa, a renda das famílias se eleva 2,25%. Gastos sociais fizeram o
PIB brasileiro crescer 7% entre 2004 e 2008.
IPEA
Em seu Comunicado nº 75, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) revela a importância que os gastos sociais adquiriram no Brasil
para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a redução das
desigualdades. Segundo o estudo, que usou como base dados de 2006, cada
R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB, e o mesmo valor
investido na saúde gera R$ 1,70. Foram considerados os gastos públicos
assumidos pela União, pelos estados e municípios.
Os
chamados gastos sociais fizeram o Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro crescer 7% entre os anos de 2004 e 2008, segundo o estudo
"Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com
Distribuição de Renda" produzido pelo Ipea e divulgado quinta-feira.
Durante o período, o PIB do País teve avanço real de 27%, segundo o
instituto.
Ao
comparar tipos diferentes de gasto social, o Comunicado concluiu que
aquele destinado à educação é o que mais contribui para o crescimento do
PIB, haja vista a quantidade de atores envolvidos nesse setor e os
efeitos da educação sobre setores-chave da economia. “O gasto na
educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que ao pagar
salário a professores aumenta-se o consumo, as vendas, os valores
adicionados, salários, lucros, juros”, explicou o diretor de Estudos e
Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão.
Abrahão
apresentou o estudo ao lado de Joana Mostafa, técnica de Planejamento e
Pesquisa do Ipea. Por sua vez, quando se calcula o tipo de gasto social
que tem o maior efeito multiplicador na renda das famílias, em primeiro
lugar aparece o Programa Bolsa Família (PBF). Para cada R$ 1 incluído
no programa, a renda das famílias se eleva 2,25%. “A título de
comparação, o gasto de R$ 1 com juros sobre a dívida pública gerará
apenas R$ 0,71 de PIB e 1,34% de acréscimo na renda das famílias”,
acrescenta o Comunicado, intitulado Gastos com política social: alavanca
para o crescimento com distribuição de renda.
O
texto afirma ainda que 56% dos gastos sociais retornam ao Tesouro na
forma de tributos. “O gasto social não é neutro. Ele propicia
crescimento com distribuição de renda. Ele foi muito importante para o
Brasil superar a crise de 2008. Esse gasto tem uma grande importância
como alavanca do desenvolvimento econômico e, logicamente, do bem-estar
social”, concluiu Abrahão.
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