De
grupo em grupo, a galinha vai pro saco. A galinha tem ovos de ouro e
dá penas para as canetas que assinam um ou outro interesse vestido
de lei, que convenhamos, não é meu, nem seu, mas de grande ironia
das circunstâncias e confrontos de força física e intelectual
entre todos e por todos os grupos sociais, nas relações uns com os
outros, que nada tem em comum senão a humanidade e a miséria que
fazem questão de coletivizar entre escolhidos, criaram e nos
convocaram na polícia para aceitá-los a força. A galinha, como
dizia, foi pro saco. E já não tem ovos de ouro, nem galinha, nem
pato, nem porco. Todos caíram. Os gatos pretos vão pro saco. Os
cães sujos vão pro saco. Maltratá-los ou matá-los foi a saída
encontrada. Nada com nada, igual a nada. “Yo tengo tantos hermanos
que no los puedo contar”. Prova disso, por outro lado, são as
muitas pessoas que se solidarizam e ajudam a cuidar dos animais. Os
trutas e espertos que contribuem com ração e assitência física,
nem sempre serão os mesmos, mas sempre estarão por aqui. E a
tendência é oficializar a comunidade de animais nos espaços de
sociabilidade, de compartilhamento de ideias e conhecimento, e
especialmente nos espaços que tendem a internalizar os bons tratos
aos animais. Toda forma de amor é uma poesia, especialmente amor aos
bichos que nos rodeia. “Essa festa é minha, aê, mas também é sua”.