Sem nome
Sem lar, solitário
São os otários
Que vejo por aí
Sem sapatos
Sem cheques
Sem relógio
Meio amargo,
Ou por completo.
Ricas
são As Fia!
Viados e
transviados,
Importados
dos anarquistas mais internos do sertão,
E das
doçuras com gosto de fel.
Sinto e
descrevo um amor dado.
Sem
acaso,
Indispensável,
Sorridente.
Sensível.
Rude.
Sem
problemas com dores ou com partos,
E sem
remédios sintéticos.
Exceto o
ópio em flor,
Negada
cheira, lambe, se lambuza e quer mais.
Doce é
meu cú... (creia?!)
Com o
perdão da licença,
Sem dor
nem parto,
Seios
loucos por toques circulares
Coxas e
nádegas massageadas
A toques
duros e intensos
São
nossas modalidades
Amar é
outra delas...
As Fia
desce as ladeiras
Enfileiram-se
nas ruas do mundo
E vão
pro mundo
E voltam
E dizem
só ouvir samba (ou reggae,
Músicas
próprias e alternativas,
Na
verdade são muito ecléticos
E fazem
o maior barulho
Com um
pandeiro,
Um
violão,
Um
berimbau, ou duas tampinhas)
Sementes
alucinógenas são nossos rituais (mais equilibrados)
No mais,
Doces e
cogumelos para acompanhar o chá,
Ou duas
nozes noscada...
Sinto
desapontá-los,
Amamos-nos.
Somos família
Fias, As
Fia
Sontos
quentes e sorridentes (não se engane)
Não
disputamos pagode nem rock, e
Caminhando
juntos ou não
Estamos
sempre juntos
Temos
cachorro de BR
Amigos
de BR
Somos de
BR
Ou de
lugar menos indefinido,
Um pico
mais alto do mundo.
Caminhamos
juntos,
[de vez
em quando a luz chega]
Somos
mais amar.
Quatro e
vinte, acerte seu relógio
Se
oriente menina,
Isso
talvez não seja poesis
Mas não
guardamos mágoas
De quem
prega isso por ai.
Nem sol,
nem chuva,
Só as
Fias dispersas ou despidas,
Tudo se resolve com amor.
Pelos
caminhos distintos trilhados,
Embora
sempre levando as intercessões,
Continuamos
partindo e inibindo
Os mitos
sociais.
Que nasce no balde
Bem adubado, orgânica
E cultivada com carinho,
E que retribuirá todo
Nosso amor com flores.