quinta-feira, 13 de novembro de 2014

autonomia, ou somos como cães domesticados e sociáveis no método assistencialista

Ainda hoje, a cerca de nove meses depois dos primeiros moradores da residencia universitária terem entrado na casa, ainda observamos problemas urgentes serem paleados enquanto o que mais importa na gestão da casa é empurrar os moradores para os quartos enquanto outros são fechados com colchões para turistas.
Não vou explicar, então, procure saber.
A residência universitária de Picos, sediada no campus da UFPI, têm 16 quartos, duas cozinhas, dois laboratórios, duas salas de televisão, além de duas salas de convivencia, dois quintais, tudo dual. Ainda que não tenha móveis e espaços suficientes para 45 pessoas (lotação atual), a mesma foi projetada para 96 pessoas. Numa última assembleia geral da residencia, observando esse agravante e admitindo a não capacidade de 96 pessoas, a assembleia que envolveram moradores, técnicos e gestão do campus, estipularam-se um novo limite de moradores, chegando a conclusão de que 64 pessoas seria o novo limite.
Não é um limite adequado, já percebe-se que a demanda da casa com o número atual, que são pouco mais de 42, já é caótica (problemas de infraestrutura em todos os lados da casa, começa nos quartos, especificamente nos banheiros, depois passa para os armários de roupas, falta espaços de estudo na casa, cozinhas desproporcionais para o número de moradores, refrigeradores desproporcionais, etc... etc... etc... e isso dão uns trinta e cinco anos de artigos alternativos), e temos espaços e móveis proporcionalmente inferiores a demanda total em 3 vezes menos. Sem falar em equipamentos de informática que ainda não chegaram, enquanto estamos no nono mês de residencia e quase três anos de inauguração; infraestrutura dos banheiros totalmente avariada em função da construtora responsável pela obra da residência ter deixado mais problemas que solução para os terceirizados da manutenção; entre outras demandas as que mais nos assustam ainda hoje, é a boa vontade do Núcleo de Assistência Estudantil em remanejar alguns moradores para quartos já ocupados, com a intenção de esvaziar outros quartos para depósito de colchões ociosos que também foram retirados dos quartos ocupados (claro isto alegando a conservação dos quartos e colchões, e a distribuição de produtos de limpeza – o mesmo que citamos ser insuficiente o abastecimento –, mas e a conservação e o bem estar das pessoas que aqui moram não é prioridade, e claro, isto alegado pelo núcleo de assistência estudantil/social – não patrimonial –, mas o que é a vida senão paradoxo), isto enquanto temos problemas de abastecimento da alimentação e dos produtos de limpeza, ou seja, problemas básicos, mas tudo é uma questão de prioridade, claro!
Para quem é morador da residencia e quem pretende ou já se inscreveu no processo. Lembre-se, essa residencia de moradores é para quem realmente não tem condições de pagar aluguel, sem renda e sem ajuda financeira, portanto, se você veio só para ocupar quarto, vaze!

E para quem precisa morar na residencia universitária, se é necessidade, pois é para lutar para que seja o melhor lugar para viver, ambiente de estudo, de repouso, de laser, de socialização e de qualidades dignas e básicas de sobrevivência. E não vamos aceitar lotação dos quartos enquanto todos os espaços da casa não estiverem abertos e funcionando em suas condições mínimas. E outra, para a gestão do campus, que quer mandar e desmandar na casa, estamos em processo de auto gestão, então vaze! À comissão eleitoral, necessário ficar esperto com os urubus. E aos candidatos, preparem-se para a resistência, não vamos mesmo aceitar passivamente os mandos e desmandos de qual quer hierarquia externa a casa, sejam quem sejam os reis. Ou temos autonomia, ou somos como cães domesticados e sociáveis no método assistencialista.