Ainda
hoje, a cerca de nove meses depois dos primeiros moradores da
residencia universitária terem entrado na casa, ainda observamos
problemas urgentes serem paleados enquanto o que mais importa na
gestão da casa é empurrar os moradores para os quartos enquanto
outros são fechados com colchões para turistas.
A
residência universitária de Picos, sediada no campus da UFPI, têm
16 quartos, duas cozinhas, dois laboratórios, duas salas de
televisão, além de duas salas de convivencia, dois quintais, tudo
dual. Ainda que não tenha móveis e espaços suficientes para 45
pessoas (lotação atual), a mesma foi projetada para 96 pessoas.
Numa última assembleia geral da residencia, observando esse
agravante e admitindo a não capacidade de 96 pessoas, a assembleia
que envolveram moradores, técnicos e gestão do campus,
estipularam-se um novo limite de moradores, chegando a conclusão de
que 64 pessoas seria o novo limite.
Não
é um limite adequado, já percebe-se que a demanda da casa com o
número atual, que são pouco mais de 42, já é caótica (problemas
de infraestrutura em todos os lados da casa, começa nos quartos,
especificamente nos banheiros, depois passa para os armários de
roupas, falta espaços de estudo na casa, cozinhas desproporcionais
para o número de moradores, refrigeradores desproporcionais, etc...
etc... etc... e isso dão uns trinta e cinco anos de artigos
alternativos), e temos espaços e móveis proporcionalmente
inferiores a demanda total em 3 vezes menos. Sem falar em
equipamentos de informática que ainda não chegaram, enquanto
estamos no nono mês de residencia e quase três anos de inauguração;
infraestrutura dos banheiros totalmente avariada em função da
construtora responsável pela obra da residência ter deixado mais
problemas que solução para os terceirizados da manutenção; entre
outras demandas as que mais nos assustam ainda hoje, é a boa vontade
do Núcleo de Assistência Estudantil em remanejar alguns
moradores para quartos já ocupados, com a intenção de esvaziar
outros quartos para depósito de colchões ociosos que também foram
retirados dos quartos ocupados (claro isto alegando a conservação
dos quartos e colchões, e a distribuição de produtos de limpeza –
o mesmo que citamos ser insuficiente o abastecimento –, mas e a
conservação e o bem estar das pessoas que aqui moram não é
prioridade, e claro, isto alegado pelo núcleo de assistência
estudantil/social – não patrimonial –,
mas o que é a vida senão paradoxo),
isto enquanto temos problemas de abastecimento da alimentação e dos
produtos de limpeza, ou seja, problemas básicos, mas tudo é uma
questão de prioridade, claro!
Para
quem é morador da residencia e quem pretende ou já se inscreveu no
processo. Lembre-se, essa residencia de moradores é para quem
realmente não tem condições de pagar aluguel, sem renda e sem
ajuda financeira, portanto, se você veio só para ocupar quarto,
vaze!
E
para quem precisa morar na residencia universitária, se é
necessidade, pois é para lutar para que seja o melhor lugar para
viver, ambiente de estudo, de repouso, de laser, de socialização e
de qualidades dignas e básicas de sobrevivência. E não vamos
aceitar lotação dos quartos enquanto todos os espaços da casa não
estiverem abertos e funcionando em suas condições mínimas. E
outra, para a gestão do campus, que quer mandar e desmandar na casa,
estamos em processo de auto gestão, então vaze! À comissão
eleitoral, necessário ficar esperto com os urubus. E aos candidatos,
preparem-se para a resistência, não vamos mesmo aceitar
passivamente os mandos e desmandos de qual quer hierarquia externa a
casa, sejam quem sejam os reis. Ou temos autonomia, ou somos como
cães domesticados e sociáveis no método assistencialista.