sexta-feira, 24 de julho de 2015

A porta


A porta nunca teve culpa de tantas e tantas vezes ter seus vidros estilhaçados pela força do vento, o impacto, e todas essas explicações físicas que creio não ter domínio. Ela só quebrara todas aquelas vezes pelo desfecho natural de todo aquele sistema, que rugia para que a mesma se estilhaçasse. Outro dia, uma sábia professora doutora, dessas que se mete a governar, dissera que aquela porta quebrara porque havia sido um homem que a pusera. Mas não sabia a metida, mal entendida de porta e de governar, que não havia nenhum problema com a porta. A porta cumpria sua função de estilhaçar com o vento. Ela estava lá, quebrando, e a cada novo vidro que colocavam, ela quebrava. Mas a mesma existia e quebrava com uma rapidez tão voraz, cumprindo seu trabalho, e devia ser respeitada! Ora, deveriam eram todos se calarem diante da fugidia pródiga, sem questioná-la ou denegri-la, e estou aqui para reafirmar e legitimar essa coitada, sem POR, nem QUER. Afinal, essa honorável, é mais que muitos, afinal, ela cumpre a função que a compete, e muito bem. Gerando renda para o dono da vidraçaria, e sem falar em toda aquela mão de obra. E sem falar nas muitas semanas de trabalho e dinheirinho honesto para tanta gente boa e seus contratos e licitações. Tudo isso porque, da mesma forma, naquele mesmo local, que diga-se de passagem nunca precisou de porta, AQUELA PORTA cumpre sua função de se estilhaçar a cada semana, e enquanto a louca da professora metida a governar, acha que os homens é que não fazem as coisas direito. BOBINHA.