quarta-feira, 15 de julho de 2015

Carta ao magn.

É tão explícito o quanto as autoridades usam de maquiagens para disfarçar as rugas, que as rugas se tornam autoridades e a recíproca também é real.
[Silvano o poeta]


Lá no site da UFPI (Universidade Federal do Piauí), diz assim:

A UFPI, como descreve em seu sitio (http://www.ufpi.br/praec/index/pagina/id/3877 – acessado 15 de julho de 2015), propõe, através de suas pró-reitorias, nesse caso em específico, a PRAEC (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários), garantia a moradia (ao estudante da UFPI), que se enquadre em seus quatro (es)quesitos de vulnerabilidade.

O que no entanto ocorre, é que como estamos em período de férias, a universidade, através de seus núcleos de (des)assistência estudantil, demonstra todo o seu teor de autoridade (claro, com cartas brancas das autoridades superiores) e desumanidade, convocando a retirada dos estudantes que não estejam cumprindo atividades acadêmicas no período de férias, inclusive passando ordens com esse aviso aos seguranças terceirizados, para que os mesmos possam impedir a entrada dos residentes não autorizados.


Bem, agora nossa análise inconclusiva (para que seja aberta a posteriores debates).

A REU que busca garantir moradia ao estudantes da UFPI em vulnerabilidade social, proveniente do interior do Piauí, e como constatamos, amplamente de outros Estados no caso da residência universitária de Picos, é a mesma que está convocando os estudantes a regressarem a seus Estados de origem, ainda que os mesmo estejam em vulnerabilidade social, a mesma espere que os estudantes garantam a suas passagens, alimentação e outros custos para essa viagem de recesso escolar (14 de julho à 07 de agosto), como definido no documento emitido pelo NAE (Núcleo de Assistência Estudantil).

O mais estranho nessa situação, é que para essas medidas de exclusão, os servidores técnicos do NAE estão bem presentes, mas no que desrespeita a medidas que venham a beneficiar e incluir os residentes e demais estudantes da UFPI, aí então, ficamos a mercê, e assistindo os avisos de GREVE DOS SERVIDORES e a (des)assistência dos projetos de inclusão da UFPI.

O que é necessário esclarecer aqui para a PRAEC e todas as AUTORIDADES da UFPI, é que, os residentes que passaram em processo para ingressarem na residência universitária de Picos, processo inclusive bem rigoroso e já cheio de burocracias, não precisam passar por outro processo para permanência em férias, isso já é garantido, afinal a REU garante a permanência. E nós residentes, não somos obrigados a estarmos na universidadau só a trabalho, as férias, ou o recesso (nesse são três semanas), é intervalo entre um período e outro para reorganizar as leituras, as propostas de projetos científicos e de extensão, as possibilidades de organização dos estudantes em núcleos de atividades extra curriculares, para o lazer, a recreação, o ócio. O que parece mesmo, é que a universidade quer fugir de sua OBRIGAÇÃO de garantir a permanência, alimentação integral, inclusão digital, entre outros direitos, que até hoje, ainda não conquistamos por inteiro, mas nós queremos por inteiro, e não pela metade.

Ps: Critérios para Concessão [bolsa para a residência universitária]: Dificuldade socioeconômica; Cursar em cada período letivo no mínimo 4 disciplinas; Ser proveniente do interior do Estado ou de outros Estados da federação; Não ser portador de curso superior; (O QUE FAZ AS AUTORIDADES DA UFPI, PENSAR QUE O BOLSISTA DA RESIDENCIA TEM R$ 500,00 (QUINHENTOS REAIS) PARA PASSAR O RECESSO ESCOLAR DE VINTE DIAS EM CASA COM A FAMÍLIA? E COM TODOS ESSES CRITÉRIOS PARA A CONCESSÃO DA BOLSA REU, EU AINDA NÃO POSSO TER O DIREITO DE PERMANECER NA UFPI EM UM RECESSO DE TRÊS SEMANAS?)