sábado, 26 de julho de 2014

azora vareia


Na história nada se perde, tudo se transforma. Quem disse isso?! Pouco importa. E a recíproca é verdadeira. É fundamental pensarmos que mesmo quando tentamos apagar resquícios de histórias indesejadas, estamos fazendo um grande borrão, que coloca toda atenção e tensão, dos historiadores especialmente para as suavidades desse imenso borrão que torna-se evidencia, numa cadeia irrestrita onde não há barreiras intransitáveis, afinal, toda linha tem duas pontas, e uma leva a outra. Observando as constelações celestes, estamos vendo o que passou e o que virá, numa escala rítmica, não há como fugir das leis de movimento do universo, e as mesmas não fogem de nós. É possível prever as ordens e posições dos astros, e é possível perceber o quanto não estamos cientes de uma queda livre no espaço, que já perdura alguns bilhões de anos, e ainda assim, inconscientes e tranquilos, caímos entre as luzes das estrelas, constelações, glóbulos e todos os tipos de astros. O tempo presente nos chama para suas considerações, fazendo-nos perceber o quanto podemos ser o que aspiramos, e isto sem saudosismos nem nenhuma ligação necessária com os resquícios da condição passada, o vínculo é indissociável, mas é possível isolar as conotações desnecessárias e pensarmos em organismos novos para a composição de nossa linguagem, comunicação, cultura, identidade, mobilidade.

ps: e de um relógio pro outro, azora vareia;