Na
história nada se perde, tudo se transforma. Quem disse isso?!
Pouco importa. E a recíproca é verdadeira. É fundamental pensarmos
que mesmo quando tentamos apagar resquícios de histórias
indesejadas, estamos fazendo um
grande borrão, que
coloca toda atenção e tensão, dos historiadores especialmente para
as suavidades desse imenso borrão que torna-se evidencia, numa
cadeia irrestrita onde não há barreiras intransitáveis, afinal,
toda linha tem duas
pontas, e uma leva a outra.
Observando as constelações celestes, estamos vendo o que passou e o
que virá, numa escala rítmica, não há como fugir das leis de
movimento do universo, e as mesmas não fogem de nós. É possível
prever as ordens e posições dos astros, e é possível perceber o
quanto não estamos cientes de uma queda livre no espaço, que já
perdura alguns bilhões de anos, e ainda assim, inconscientes e
tranquilos, caímos entre as luzes das estrelas, constelações,
glóbulos e todos os tipos de astros. O tempo presente nos chama para
suas considerações, fazendo-nos perceber o quanto podemos ser o que
aspiramos, e isto sem saudosismos nem nenhuma ligação necessária
com os resquícios da condição
passada, o vínculo é indissociável, mas é possível isolar as
conotações desnecessárias e pensarmos em organismos novos para a
composição de nossa linguagem, comunicação, cultura, identidade,
mobilidade.
ps:
e de um relógio pro outro, azora vareia;