segunda-feira, 19 de julho de 2010

O que melhora a vida dos indivíduos sociais?


(Policiais da cidade de Picos-PI em expediênte. Foto: R. Ferraz)

As relações sociais sempre foram os reflexos do contexto histórico aos quais tais indivíduos estiveram inseridos, e preocupar-se com esses reflexos é modificar as condições existentes, mudando os hábitos e os costumes cravados em nossa acomodação e dispersão, atentando para o quanto nossas vidas podem melhorar com pequenas coisas que fazem diferença no cotidiano, coisas como gentileza, dedicação em nosso trabalho e no que fazemos naturalmente, solidariedade, seriedade, alegria, e tudo aquilo que nos surge na cabeça que não fere nem turva nossa humanidade pessoal e coletiva.
Atentamos ainda para as condições existentes e que contribuem para tais relações. Viver numa sociedade, por exemplo, com as regras estabelecidas pela legislação vigente e perceber que não há um consenso ao obedecer a essas regras, gera uma desordem que fere o coletivo social, e perturba os indivíduos, gerando num ciclo ininterrupto um descontrole que atrapalha diretamente nas boas condições, saudáveis e valorosas de sobreviver numa sociedade.


(Fiscal de Trânsito da cidade de Picos - PI em expediênte. Foto: R. Ferraz)

Para se evitar tais conflitos, é necessária uma dedicação unânime dos indivíduos sociais, na unificação de sua boa vontade, dos gestores governamentais na melhoria direta das condições de vida da população, tirando dela o gosto amargo da desordem que causa o desafeto e a desmotivação nas relações. Portanto, coisas como cidade limpa, melhores condições para o trânsito de automóveis, motocicletas, bicicletas e pedestres, descongestionamento das vias onde há comércio de feirantes e ambulantes, alternativas de lazer e cultura que sejam acessíveis e comuns para todas as comunidades e localidades, descentralização dos focos de acesso ao capital econômico, tais como possibilitar alternativas de trabalho nas localidades distante do centro urbano, e alternativas de trabalhos com a comunidade periférica inserindo-a nas condições de labuta que suas próprias condições e meios permitam.
Para se discutir os problemas sociais e solucioná-los, são indispensáveis discussões intensas e em médio prazo, abrindo espaço para as comunidades observarem e falar de sua realidade e possibilidades de soluções para essas condições, posteriormente, discussões a nível social, onde a sociedade compõe, observa e busca junto a partir da realidade, soluções para suas dificuldades e riscos sociais. Por fim, a junção de todos que pensam cotidianamente numa vida melhor em diversos aspectos para si e para seus filhos, pois são essas vontades, que leva-nos as boas relações e concomitantemente à uma sociedade cada vez mais justa e própria para viver. Logo, Educação, Cultura e Sociedade, são como café da manhã, ou tomamos diariamente com todo vigor que nos há, ou enfraquecemo-nos ao agir e pensar.


(Avenida de Picos - PI, ao lado feira-livre. Foto: R. Ferraz)

Robson Ferraz
Picos – 2010
Inverno