Você fuma unzinho[1]?
Não. Pois deveria experimentar. A marimecânica
das coisas está presente na mecanicidade das ações humanas, que passa a
pormenorizar as ações individuais, em prol do inconsciente coletivo. Isto
quando deveríamos das ações individuais, compreender seus resultados em prol do
coletivo, para que dessas experiências, possamos entender a solidariedade orgânica, e apesar de um
conceito durkheimniano[2],
até mesmo pela sua pesquisa envolvendo os suicídios
em setores da sociedade que estavam mais predispostos as individualidades e
ao isolamento nas particularidades e ações que talvez pareçam irrelevantes, mas
pelo contrário são fundamentais para a construção de uma solidariedade mais
orgânica e menos mecânica. É possível que a solidariedade orgânica seja
compreendida na medida em que os indivíduos percebem seus pares, e partam das
ações individuais e de curto alcance, para ações coletivas intencionais.
E ainda que a alteridade se
apresente e demonstre o quanto agimos em prol do coletivo, mesmo não
intencionalmente, e até mesmo inconscientemente muitas das vezes, a proporção
da consciência dessas ações, isto é, a sua intenção, promove algo muito maior,
o que chamaremos de ação consciente,
ou viversi[3],
e aqui provocando a postura da linguagem como veículo de censura, quando
deveríamos apropriar os mesmos para a comunicação inteligente e criativa.
Interagindo com os sotaques e ruídos que a linguagem promove em sua oralidade.
A negação da oralidade como veículo de comunicação culta, subestima a posição
da mesma frente aos incursos promovidos na sociedade, portanto,
assimetricamente, explorar e desmistificar os meandros da linguagem a sem a
intenção de segrega-la, é a possibilidade de enfrentarmos no campo culto as
marginalizações da literatura alternativa e metalinguística.
Somos indivíduos, células, autônomos, e apesar de negarem repetidamente nossa individualidade, só o que fazemos é ignorar. Isto é, quem ignora, são os indivíduos que promovem osmetalinguagemundismo. A nossa postura nos representa. Somos unzinho, quando não nos submetemos as desigualdades e repetidas impunidades quais convivemos e suspeitamos por nossas próprias capacidades perceptivas. Quando fumamos um antes e depois da aula, para melhorar as conexões, a criatividade, e possibilitar uma melhor socialização sem preconceitos, somos unzinhos por aí, desmistificandumundo enquivivemos.
[1] E um back, você já fumou? Entender essas
perguntas te desrespeita no sentido de você compreender um dialeto alternativo,
uma cúpula de linguagens, promovida pelas alternatividades do cotidiano;
expressão que designa a maconha ou cannabis sativa em forma de cigarro ou baseado.
[2] Uma referência aos estudos de Émile Durkheim,
sociólogo francês que estudou a sociedade a partir das compreensões
positivistas de Augusto Comte, e mesmo de conceitos
[3] A capacidade de viver
para o coletivo nas mínimas ações, e intencionalidades, permite ao sujeito
promover em si mesmo, reflexões e
mudanças de posicionamentos frente a preconceitos e pormenores
individualizantes. Portanto, VIVER-SI
ou VIVERSI.