quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O número um

Você fuma unzinho[1]? Não. Pois deveria experimentar. A marimecânica das coisas está presente na mecanicidade das ações humanas, que passa a pormenorizar as ações individuais, em prol do inconsciente coletivo. Isto quando deveríamos das ações individuais, compreender seus resultados em prol do coletivo, para que dessas experiências, possamos entender a solidariedade orgânica, e apesar de um conceito durkheimniano[2], até mesmo pela sua pesquisa envolvendo os suicídios em setores da sociedade que estavam mais predispostos as individualidades e ao isolamento nas particularidades e ações que talvez pareçam irrelevantes, mas pelo contrário são fundamentais para a construção de uma solidariedade mais orgânica e menos mecânica. É possível que a solidariedade orgânica seja compreendida na medida em que os indivíduos percebem seus pares, e partam das ações individuais e de curto alcance, para ações coletivas intencionais.
E ainda que a alteridade se apresente e demonstre o quanto agimos em prol do coletivo, mesmo não intencionalmente, e até mesmo inconscientemente muitas das vezes, a proporção da consciência dessas ações, isto é, a sua intenção, promove algo muito maior, o que chamaremos de ação consciente, ou viversi[3], e aqui provocando a postura da linguagem como veículo de censura, quando deveríamos apropriar os mesmos para a comunicação inteligente e criativa. Interagindo com os sotaques e ruídos que a linguagem promove em sua oralidade. A negação da oralidade como veículo de comunicação culta, subestima a posição da mesma frente aos incursos promovidos na sociedade, portanto, assimetricamente, explorar e desmistificar os meandros da linguagem a sem a intenção de segrega-la, é a possibilidade de enfrentarmos no campo culto as marginalizações da literatura alternativa e metalinguística.


Somos indivíduos, células, autônomos, e apesar de negarem repetidamente nossa individualidade, só o que fazemos é ignorar. Isto é, quem ignora, são os indivíduos que promovem osmetalinguagemundismo. A nossa postura nos representa. Somos unzinho, quando não nos submetemos as desigualdades e repetidas impunidades quais convivemos e suspeitamos por nossas próprias capacidades perceptivas. Quando fumamos um antes e depois da aula, para melhorar as conexões, a criatividade, e possibilitar uma melhor socialização sem preconceitos, somos unzinhos por aí, desmistificandumundo enquivivemos.



[1] E um back, você já fumou? Entender essas perguntas te desrespeita no sentido de você compreender um dialeto alternativo, uma cúpula de linguagens, promovida pelas alternatividades do cotidiano; expressão que designa a maconha ou cannabis sativa em forma de cigarro ou baseado.
[2] Uma referência aos estudos de Émile Durkheim, sociólogo francês que estudou a sociedade a partir das compreensões positivistas de Augusto Comte, e mesmo de conceitos
[3] A capacidade de viver para o coletivo nas mínimas ações, e intencionalidades, permite ao sujeito promover em si mesmo, reflexões e mudanças de posicionamentos frente a preconceitos e pormenores individualizantes. Portanto, VIVER-SI ou VIVERSI.